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terça-feira, 16 de julho de 2013

O baile dos reis dos busões, presidente do DEM e Gilmar Mendes

Um casamento com festança de luxo, dos milionários donos de empresas de ônibus, em plena temporada de protestos pela má qualidade do serviço, só podia dar m... e deu.

O casório foi da neta de Jacob Barata, o rei dos ônibus no Rio de Janeiro, com o filho de Chiquinho Feitosa, barão dos ônibus em Fortaleza, ex-deputado federal e presidente do DEM do Ceará.


Gilmar Mendes, o ministro do STF foi padrinho de casamento. Ele é cunhado de Chiquinho Feitosa.

Foi na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Rio de Janeiro, antiga capela real, onde se casaram D. Pedro I e D. Pedro II.

Sem ser convidado, o povo apareceu, mas os seguranças não deixaram entrar. Protestaram na porta. Quase uma centena de manifestantes fizeram um protesto bem humorado, com cartazes zoando. Acabada a cerimônia, os convidados foram em seus carrões de luxo para a festa nos salões do Copacabana Palace, o hotel mais luxuoso do Rio.

Os manifestantes não convidados pegaram um busão do Barata, na Praça XI, onde fica a igreja e rumaram para a festa em Copacabana. Ali a manifestação cresceu ganhando a adesão de mais gente nos momentos de pico. Tudo corria na paz do bom humor.

O jovem Daniel Barata, 18 anos, sobrinho de Jacob, ficou incomodado e resolver responder da pior forma possível. Apareceu em janela do salão e começou a jogar aviãozinhos feitos com notas de R$ 20,00.


O deboche só tende a aumentar o descontentamento dos usuários dos ônibus. Afinal se está sobrando dinheiro para jogar fora, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) tem que cortar os lucros extravagantes.

Em certa hora da madrugada, um cinzeiro de vidro voou de dentro do salão e atingiu a testa de um manifestante, o estudante Ruan Martins Nascimento, causando um grande corte que precisou levar seis pontos.

A manifestação acabou com a chegada da tropa de choque que dispersou os manifestantes, após alguns convidados que saíam da festa alterados se irritarem com manifestantes.

Suspeito

Daniel Barata é o principal suspeito de atirar o cinzeiro em Ruan Martins segundo o delegado José William de Medeiros, titular da 12ª DP (Copacabana):

“Todos os indícios apontam para que o Daniel tenha jogado o cinzeiro. Já há inclusive informações publicadas na imprensa de que ele teria admitido ter jogado no manifestante e defendido sua atitude em uma rede social”, disse Medeiros.

O jovem teria assumido em uma rede social que jogou dinheiro para os manifestantes durante o ato, e pediu desculpas pelo episódio. Em seguida, o perfil de Daniel foi apagado da rede social.

Em depoimento, Ruan Martins não soube dizer quem atirou o cinzeiro que atingiu sua cabeça. “Eu não tenho como dizer que foi o Daniel que me atingiu porque eu não vi. Tomei a pancada e caí, mas todos os manifestantes viram o Daniel dando um soco no André [advogado] da OAB e um tapa em outra manifestante”, disse Ruan, acrescentando que vai entrar com uma ação indenizatória pela agressão sofrida.

Pela manhã, no Instituto Médico Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito, Ruan declarou que quando foi ferido achou que tinha sido atingido por uma bomba. O rapaz, que levou seis pontos na testa, disse que o cinzeiro foi jogado por um convidado da festa pela janela ou pela varanda do hotel.

“Achei que era uma bomba. Vi um clarão e ouvi um barulho. Estava em frente à janela, tentando apartar uma briga. Acho que quem jogou queria jogar na briga. Levei seis pontos, podia ter causado um traumatismo, a pessoa assumiu o risco de me matar quando jogou”, declarou.

Segurança impediu entrada

O estudante explicou que tentou entrar no Copacabana Palace para tentar identificar o autor da agressão, com o auxílio de um advogado que estava na manifestação e de um policial militar do 19º BPM (Copacabana) que fazia a segurança da manifestação e já prestou depoimento. No entanto, ele alega que foi barrado pela segurança do hotel.

“Eles não deixaram a gente entrar. Não deixou a gente ter acesso às imagens na hora. Mas se o hotel nos ajudar a identificar a pessoa, vou processar a pessoa, e não o hotel. Depende só do Copacabana Palace, de que lado o hotel vai ficar. Tinha gente jogando camarão, nota de R$ 20. As pessoas estavam saindo muito alteradas da festa”, completou.

1 Comentários:

alício disse...

Está sobrando dinheiro para os reis dos busões.E nós,o....

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